Crystal 2

Água mais limpa

Um dos saldos mais positivos do recente festival de música SWU, em Paulínia (SP), foi a apresentação da água mineral Crystal Eco. A proposta desse novo produto da Coca-Cola Brasil está em sintonia com a sustentabilidade defendida pelo evento. A começar pelos benefícios do consumo de água para a saúde humana, mas principalmente pela inovadora embalagem. A garrafa pode ser torcida após o consumo, o que reduz em 37% o volume da embalagem, ocupa menos espaço nos recipientes para guardar e transportar material reciclável e facilita a reutilização da mesma como matéria-prima de outros produtos.

A garrafa de 500 ml da Crystal Eco sem gás ainda utiliza 20% menos PET que as equivalentes tradicionais, graças à tecnologia chamada de PlantBottle. Essas “garrafas de planta” contém até 30% da matéria-prima derivada do etanol de cana de açúcar. Segundo o fabricante, tal composição reduz em cerca de 25% as emissões de dióxido de carbono. A possibilidade de ser torcida, uma característica conhecida como crushable, decorre de um processo de sopro convencional para a moldagem, mas com pré-formas de base diferenciada, o que garante à estrutura da garrafa essa habilidade mecânica. Essa tecnologia foi lançada primeiro no Japão, com a água I-Lohas, em 2009.

A Crystal Eco recebeu apoio – estampado na embalagem – de entidades como Instituto Akatu, a Conservação Internacional, a SOS Mata Atlântica e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), cujas marcas estão estampadas no rótulo da garrafa. A nova embalagem da água mineral Crystal chegará ao mercado em geral em janeiro de 2012. Essa é uma das mais recentes ações sustentáveis da Coca-Cola Brasil, que mantém o programa “Reciclou, Ganhou” desde 1996. Hoje, 98,2% das latas de alumínio e 55,6% das garrafas PET são recicladas. Produtora de brindes de PET reciclado, a EcoBrindes sugere esse gole de consciência ambiental.

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Energyme 1

À luz das calorias

Quer jeito mais criativo de deixar seu corpo e sua consciência ambiental mais leves? O escritório americano de design Dido Studio, de Dallas, Texas, elaborou uma maneira de transformar os cada vez mais frequentes aparelhos de ginástica encontrados nos parques e praças públicos em fontes de energia elétrica para iluminar durante a noite a área onde eles ficam instalados. O resultado são belas luminárias com LEDs alimentados por movimentos humanos, realizados pelos exercícios físicos praticados na base das mesmas. Esses aparelhos foram batizados de Energyme e o projeto está disponível na cooperativa virtual de portfólios de designers Coroflot.

A energia cinética como fonte de eletricidade transforma, por tabela, a noção de sustentabilidade em incentivo à atividade física. Portanto, reitera a busca pela saúde, que é a meta final de qualquer atitude sustentável. O aparelhos armazenam em seu interior essa energia cinética para depois convertê-la em elétrica. Sempre vale lembrar que os diodos emissores de luz (LEDs), consomem menos energia que as lâmpadas incandescentes tradicionais e, ainda por cima, duram mais. É um dos primeiros passos para que aparelhos de academias de ginástica possam no futuro aproveitar a energia gerada por seus praticantes para reduzir o consumo de eletricidade desses locais. Já existem sistemas sendo desenvolvidos com esse intuito.

O conceito por trás das Energyme é o de expandir a proposta de consciência corporal como algo limitado ao bem-estar individual para uma prática que afeta todo o entorno onde nos encontramos, tornando-se assim, consciência ambiental. Uma proposta como essa merece o respeito e a admiração da EcoBrindes, fiel defensora e incentivadora de projetos inovadores como esse do Dido Studio. Afinal, energia completamente limpa gerada por um sistema que aprimora o condicionamento físico dos usuários ajuda a reduzir o impacto no sistema de saúde público e particular, um benefício precioso demais para ser ignorado.

Ela já seria motivo mais que suficiente para apostar numa idéia como essa. Mas há de se considerar também que o tipo de aparelho acoplado à base das luminárias é comum em locais públicos, o que serve como incentivo à sociabilidade e à prática da coletividade. Dessa maneira, ao expandir novamente a noção de bem-estar embutida no projeto, as Energyme tornam-se ainda mais atraentes. Como sua viabilidade depende de parceiros que queiram investir na produção delas, vale deixar os contatos dos responsáveis pelo Dido Studio, para que mais informações adicionais possam ser pedidas e propostas serem feitas em inglês. O e-mail é didostudio@gmail.com, mas pode-se também usar os campos de preenchimento do Coroflot, disponíveis em http://www.coroflot.com/dido/contact.

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Sun Catalytix 2

Fotossíntese high-tech

Eletricidade tirada do hidrogênio. Hidrogênio extraído da água. Parece simples a descrição e ela realmente é. O que essa simplicidade não revela é que ela, se ainda não é uma realidade fora dos laboratórios científicos, é uma esperança trazida com uma pesquisa que a Sun Catalytix vem desenvolvendo. A empresa liderada pelo Professor de Química Daniel Nocera, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), vem se empenhando no desenvolvimento de uma folha artificial, um material que atua como uma célula solar de silício e gera bolha de oxigênio de um lado, enquanto solta bolhas de hidrogênio do outro, gases que podem ser recolhidos como combustíveis.

Considerando-se que alguns dos mais avançados sistemas alimentados por energia elétrica hoje utilizam as correntes geradas a partir do hidrogênio, sem envolver nem queima nem emissão de poluentes, há um grande potencial no material desenvolvido pela Sun Catalytix, o da energia limpa, abundante e de produção de baixo impacto ambiental, complementando os benefícios da atmosfera mais limpa. A empresa de Cambridge, no estado americano de Massachusetts, se dedica a estudar formas alternativas de produção de energia renovável e armazenamento da mesma.

Os semicondutores de silício desenvolvidos por Nocera reagem dessa maneira quando imersos em água. A pesquisa calcula que três galões de água sejam capazes de alimentar uma casa ampla para os padrões americanos por um dia. Seria uma forma barata, renovável e personalizada de energia que não dependeria da abundância de sol ao longo do ano, um problema em países do hemisfério norte no que diz respeito à eficiência de painéis de células fotovoltaicas ao longo do ano.

Esses painéis são previstos na alimentação do sistema. Eles captam energia solar durante o dia e o excesso de eletricidade produzida é usado na quebra das moléculas de água, com o oxigênio e o hidrogênio sendo armazenados. À noite, ambos são recombinados por uma célula de combustível para produzir eletricidade para todas as funções da casa, assim como o reabastecimento de carros elétricos na garagem. Os subprodutos de água são reaproveitados posteriormente no processo. O princípio do experimento é intencionalmente similar ao da fotossíntese realizada das folhas das plantas.

Além dos semicondutores de silício, o lado que libera oxigênio contém um catalisador de cobalto, enquanto o lado de onde sai o hidrogênio é revestido por uma liga de níquel-molibdênio-zinco, materiais considerados abundantes na natureza e baratos. Desse modo, os lares se tornariam usinas de energia equivalentes tanto às hidrelétricas atuais quanto aos postos de gasolina, só que em escala menor e customizada. O projeto conseguiu financiamento do Tata Group, da Polaris Venture Partners e da Agência de Projetos de Pesquisa Avanaçados do Departamento de Energia americano. A EcoBrindes torce para que o projeto saia logo dos laboratórios do MIT e ganhe o mundo.

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Greencycle 1

Filosofia ciclística

Desenvolvido por Paulus Maringka como tese de mestrado em filosofia na Auckland University of Technology (AUT), na Nova Zelândia, a Greencycle é uma bicicleta construída artesanalmente de um material para lá de inusitado. Seu quadro é confeccionado em nada menos que bambu. A curiosa ideia é mais que um projeto de produto. Até por seu teor acadêmico, ela compreende todo um sistema de transporte, uma forma de pensar o design e a produção de maneira sustentável que seu criador defendeu diante da banca de examinadores, após minuciosa pesquisa.

Esta envolveu consultas a designers industriais, engenheiros, fabricantes, investidores, bem como agricultores do terceiro mundo que adotam a bicicleta como meio de transporte predominante, de áreas como partes da China, Índia e África. Maringka considerou aspectos como cultura, habilidades, recursos naturais e tecnologia. O mestrando definiu que utilizaria materiais renováveis e habilidades de povos nativos para a produção de uma bicicleta, de modo a reduzir o impacto ambiental do processo.

A bicicleta de Maringka foi pensada para países pobres que dependem desse tipo de veículo para variados tipos de uso. Por questão de resistência, ela adota componentes complementares de aço, como garfo, guidão e rodas. Uma série de acessórios foi desenvolvida para atender as diferentes demandas dos potenciais usuários da bicicleta, mas também confeccionados com expertise e materiais de fontes sustentáveis. Entre eles estão cestos que ajudam no transporte de bagagem desses ciclistas.

Tudo foi desenvolvido de acordo com as demandas do público-alvo que compraria esse tipo de transporte, identificadas em onze estudos de caso. Quatro especialistas ajudaram a arrematar as demandas de modo a levar as informações apuradas a possíveis soluções. Mais que uma tese, o pesquisador levou dois protótipos da Greencycle para testes de campo num dos mercados-alvo, a Indonésia, de modo a ajustar características do produto e da logística de produção de acordo com a repercussão dos dois modelos.

A pesquisa propiciou uma abordagem verdadeiramente multidisciplinar que garantiu uma profundidade muito mais ampla que as metodologias de projeto habituais permitem. Um modelo de negócio planejado em torno da produção e uso da Greencycle torna o projeto ainda mais atraente. A EcoBrindes admira o modo como o uso desse meio de transporte, já tão ambientalmente promissor, pode ser tratado como uma verdadeira filosofia de vida para regiões carentes da Ásia e outros continentes. Uma visão de mestre mesmo!

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Skypump 1

Uma rajada de watts

Carros elétricos datam do século XIX, mas são um tipo de transporte que começa a ganhar força, pequena e gradual, só neste início da segunda decada do século XXI. Formas de gerar energia adicional para o imenso consumo previsto para a frota mundial e maneiras de abastecê-los vêm sendo estudadas e desenvolvidas apesar dos diversos problemas de infra-estrutura e potencial impacto ambiental dessa mudança. Uma das alternativas mais limpas já apresentadas para substituir os atuais postos de gasolina é o Sanya Skypump.

O nome significa bomba do céu, já que ele funciona com se bombeasse a energia elétrica do ar. Criado numa parceria entre as americanas Urban Green Energy (UGE) e GE Energy Industrial Solutions, o Skypump mescla a idéia já empregada dos postes de luz Sanya alimentados por painéis solares e aerogeradores (aqueles enormes cataventos instalados em grande quantidade em locais afastados de fartura de ventos) com as estações de recarga – como a WattStation da GE –, habitualmente conectadas à rede tradicional de fornecimento de energia.

Ele é alimentado por uma turbina 4kW e traz na sua base uma tela sensível ao toque que orienta o usuário no procedimento dos diferentes tipos de recarga, além de mostrar notícias e anúncios. Seu eixo é duplo, move-se na horizontal e na vertical, aprimorando a durabilidade e a potência, enquanto reduz as vibrações. Os pontos de captação de energia e recarga serão instalados experimentalmente em áreas bem urbanizadas de Nova York, Pequim e Barcelona, antes do lançamento em 2012.

O melhor dessa solução é que ela pode ser facilmente adaptada para estacionamentos e beiras de estrada, já que a participação de veículos híbridos e 100% elétricos só tende a aumentar nos próximos anos e décadas, inclusive em locais que já adotam os Sanya. O uso previsto do Sanya Skypump é comercial, enquanto quem quiser ter um gerador limpo de energia para seus veículos elétricos em casa pode usar o UGE-4K ou o GE WattStation. Demanda não falta. Além de haver vários modelos de scooter e cada vez mais motos no mercado mundial, este ano a causa do carro elétrico foi duplamente laureada.

O Chevrolet Volt foi eleito O Carro do Ano da revista Motor Trend, a mais conhecida premiação automotiva dos Estados Unidos, entre outros importantes prêmios da imprensa especializada local. A Chevrolet até importou algumas unidades para apresentar sua tecnologia no Brasil, um evento chamado VoltXpedition, em comemoração ao centenário da marca. Já o 100% elétrico Nissan Leaf, também já apresentado no Brasil, mereceu nada menos que o disputado prêmio de Carro do Ano na Europa. Com aval da imprensa e interesse do consumidor por esses veículos, o Sanya Skypump é uma bela e providencial solução que a EcoBrindes só poderia endossar.

 

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Device 2

Pegando altas ondas

Na constante busca pela otimização tanto das formas de produzir quanto das maneiras de consumir energia elétrica, pesquisadores da Escola de Engenharia Elétrica e da Computação, da universidade americana Georgia Tech, em Atlanta, conseguiram desenvolver uma forma de aproveitar a energia eletromagnética transmitida por aparelhos de rádio, televisores, redes de telefonia celular e sistemas de comunicação via satélite. Esse é um passo importante para o desenvolvimento de uma tecnologia adicional que reduza o consumo de eletricidade pelas fontes tradicionais.

Liderada pelo Professor Manos Tentzeris, a técnica lança mão de uma antena de banda ultra larga, que permite o contato com diversos tipos de sinais em diferentes níveis de frequência. Se uma dessas ondas some por alguma alteração de uso da fonte que a produz, o sistema pode aproveitar outras frequências também captadas por ele. A descoberta permite aproveitar de frequências de rádio FM a radares, uma banda que vai dos 100 megahertz a até 15 gigahertz ou mais.

Um dos aspectos mais curiosos do projeto é que esses aparelhos são circuitos muito finos e flexíveis, literalmente impressos em papel (capacidade de 15 GHz) ou polímeros (60 GHz) que imitam na espessura uma folha desse material e, ainda por cima, reduzem muito os custos de produção. A esses materiais são adicionados nanopartículas de prata, carbono ou outros elementos por emulsão.

A energia é captada por uma espécie de varredura do ambiente e transformada de corrente alternada para direta, para então ser mantida em capacitores e baterias. Ela poderia ser utilizada em redes com sensores sem fio, microprocessadores e chips. Entre os tipos de uso previstos para esses sensores auto-recarregáveis sem fio estão reconhecimento químico, biológico, de temperatura e de stress para os cada vez mais procurados equipamentos de segurança ou para a indústria, assim como identificação por radiofrequência e monitoramento de diversos setores, como comunicação e uso de energia.

Experimentos envolvendo banda de televisão produziram centenas de microwatts e sistemas de multibanda podem gerar um milliwatt ou mais. Essa é uma quantidade de energia que consegue abastecer pequenos aparelhos eletrônicos, como sensores e microprocessadores. Um sensor de temperatura funcionou com as ondas captadas de um televisor que estava a um quilômetro de distância. Com a ajuda de supercapacitores e operações cíclicas, a equipe de cientistas da Georgia Tech espera poder fornecer energia a aparelhos que requisitem mais de 50 milliwatts.

Outro benefício da tecnologia desenvolvida pela equipe de Tentzeris é que ela pode ser associada a outras fontes alternativas de fornecimento de energia, como painéis solares, mantendo as baterias associadas a elas carregadas durante a noite ou em caso de falhas técnicas dessas outras fontes. Existe um potencial enorme de utilização para esses equipamentos desenvolvidos com os circuitos que colhem energia do ar. A EcoBrindes torce para que a aplicação comercial desses compenentes se torne viável o mais breve possível.

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AC 1

Consciência arejada

Com um inverno repleto de dias predominantemente quentes e secos e um verão ainda mais quente, porém bem úmido, o Brasil é um mercado com enorme demanda para aparelhos e sistemas de ar condicionado, que consomem grandes quantidades de energia. Além disso, com a crescente população urbana do país, o acúmulo de partículas poluentes, geradas por fontes como o transporte, torna a qualidade do ar nos grandes centros urbanos um problema cada vez mais incômodo e prejudicial à saúde. É para contornar essa situação, comum em vários países, que o designer finlandês Rami Santala criou seu Foliage, aparelho de ar condicionado que inova nessas duas frentes.

O projeto elaborado para a Electrolux, fabricante de eletrodomésticos que oferece vários modelos tradicionais de condicionador de ar, tinha como meta tanto reduzir o consumo de energia da refrigeração de ar como filtrar o ar do ambiente para torná-lo mais puro para as pessoas presentes. Em vista desses dois desafios, Santala conseguiu imaginar uma simulação de folhagem que dá o nome em inglês ao aparelho e serve para captar a luz solar, especialmente nos momentos de pico de calor durante o dia.

Trata-se de uma série de triângulos amarelos agrupados como ramos de uma planta que, próximos a uma janela, dispensam a necessidade de energia elétrica, impactando positivamente no consumo do domicílio ou escritório. A folhagem vem apoiada no ar condicionado com filtro de ar integrado de formato ovalado, que serve como base do aparelho. Ela pode mudar de posição, conforme a da própria luz do sol. Ar limpo e refrescante é produzido através da energia solar, assim como as plantas que serviram de inspiração para o Foliage produzem oxigênio e açúcar.

Ainda que a filtragem do ar não demande tanta energia quanto o condicionamento do ar, este acaba funcionando praticamente sob demanda. Quando ele é mais requisitado, mais energia solar está disponível, seja ao meio dia ou no verão. Quando falta sol e a energia é reduzida, naturalmente a necessidade extra de refrigeração já é menor. Dessa maneira, poupa-se energia elétrica que estaria sendo consumida maciçamente nesses horários e épocas de maior calor.

Por enquanto, a criativa solução desenvolvida por Santala é apenas conceitual. Embora os pormenores de seu funcionamento não tenham sido detalhados, o Foliage não precisa ser encarado como fantasia de filme de ficção científica. A tecnologia que ele exige já existe, como as células fotovoltaicas dos painéis solares. A tendência da construção civil para os próximos anos é uma presença cada vez maior desses painéis, em diferentes formatos, ainda que predominantemente na parte externa de casas e prédios. Santala inova principalmente por imaginar uma solução para uso interno, com um sistema essencial para países de clima quente e urbanização acentuada. Um tipo de visão pioneira que a EcoBrindes endossa e reflete em seus próprios produtos.

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Shadow3

Você, fonte renovável de energia

Que a bicicleta é hoje o meio de transporte mais amigável ao meio ambiente todo mundo já sabe. De que ela é o principal meio de transporte no mundo, um mercado que deve consumir 40 milhões de unidades só este ano, poucos têm conhecimento. O que a canadense Daymak demonstra é ter a rara visão de prever que a energia produzida por cada ciclista durante suas pedaladas pode ser muito bem aproveitada, reduzindo exponencialmente o consumo de eletricidade por fontes tradicionais. Com sua nova Shadow Ebike, pedalar significa recarregar.

A empresa de Toronto, liderada pela empresária Yeg Baiocchi, é uma das que mais crescem no mercado verde daquele país. Especializada em bicicletas e scooters elétricas, a Daymak criou esse modelo com uma pioneira tecnologia wireless. Nada de cabos de freio ou de marchas, tampouco cabos para a propulsão elétrica, sejam eles para o motor, a bateria, a central eletrônica ou o acelerador. O que traciona a Shadow Ebike é uma central de comando chamada Daymak Drive, um sistema em forma de um disco grosso, mas compacto.

O motor pode ter 250W ou 350W, com limite de 500W. Ele fica todo contido no interior da roda da bicicleta de 26 kg, junto à bateria de lítio de 36V e ao carregador. A Shadow Ebike ainda aproveita a energia das frenagens da roda dianteira para recarregar a bateria, no mesmo esquema regenerativo já adotado em recentes automóveis estrangeiros. O freio traseiro é acionado com o pedal girado para trás. Embora seja capaz de alcançar 38 km/h, a Shadow Ebike tem velocidade máxima limitada a 32 km/h.

A autonomia puramente elétrica é de 20 a 25 km. Mas, como a proposta é pedalar pela a saúde física e pela redução no consumo de energia com o auxílio motor do próprio ciclista, ela pode se estender a até 40 km. A bateria precisa de um período de 4 a 6 horas para ser completamente recarregada em tomada, processo que pode ser repetido de 750 a 800 vezes. Um display de LED com dados do motor é opcional. E todo esse potencial pode ser utilizado de maneira cada vez mais inteligente, útil e prática ao praticante desse esporte ou ao usuário desse tipo de transporte.

Recursos opcionais e versões adicionais estão sendo desenvolvidos. Entre eles, compatibilidade para interagir com equipamentos eletrônicos portáteis como iPhone, Blackberry, Google Phone ou notebook. A ideia é que a força física despendida pelas pernas possa em breve carregar a bateria desses aparelhos cada vez mais presentes nas vidas de milhões de pessoas. Atualmente, a Daymak tenta estabelecer uma rede mundial de distribuição. A EcoBrindes mal pode esperar para ver esse tipo de bicicleta nas ruas brasileiras. Ou um modelo que só aproveite a energia produzida ao pedalar, sem uso de eletricidade de outras fontes. Agora, a tecnologia para isso está mais próxima.

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Longe dos olhos, perto da solução

Que tal seria se o lixo que jogamos em cestos públicos simplesmente sumisse de vista de modo a nunca mais um caminhão de lixo precisar congestionar ou interromper o trânsito de nossas ruas com barulho, mau cheiro e emissão de poluentes? O que soa como uma fantasia despretensiosa é uma realidade em países desenvolvidos, graças à engenhosidade oferecida pelo sistema pneumático da sueca Envac. São mais de 600 instalações pelo mundo.

Embora exija grandes investimentos de infra-estrutura, a ideia é até bem simples e ambientalmente adequada. Tubulações de aço carbono subterrâneas sugam o lixo jogado nos cestos até subestações de coleta onde os variados tipos de material são separados. Esses locais idealmente são construídos em regiões distantes do centro da cidades ou onde o trânsito é mais ameno. A partir dali apenas, caminhões entram em cena para carregar cada tipo de material para cooperativas de reciclagem.

Existem algumas versões do sistema pneumático por sucção da Envac. O tempo da coleta pode ser de 15 a 20 minutos em circuitos curtos, 30 a 60 minutos em trajetos médios e até várias horas para os sistemas mais longos. Na versão SVS 500, por exemplo, o trajeto pode ter até 2 km de extensão e são encaminhadas até 20 toneladas de lixo por dia.

Os prédios erguidos no entorno de onde existe o sistema podem adotar tubulações ligadas a ele, de modo a coletar o lixo de todos os andares. A tubulação sob vias públicas fica entre um e 2,5 metros abaixo do nível da rua. Em 90% dos eventuais casos de entupimento, o aumento da pressão de sucção resolve o problema.

A ideia nasceu no final dos anos 50 a partir da observação de um sistema central de aspiração de pó de um hospital. Em 1961 ficou pronto o primeiro sistema de coleta de detritos por aspiração no Hospital Sollefteå, que até hoje funciona com várias de suas peças originais. Quatro anos depois a coleta de uma área residencial sueca recebia a mesma tecnologia.

A partir daí a expansão foi progressiva e hoje o sistema está presente em capitais europeias como Estocolmo, Londres e Barcelona. Nesta última cidade, por exemplo, o sistema foi implantado na vila olímpica construída para as Olimpíadas de 1992 e acabou virando referência. A Envac, que já tem representação no Brasil desde 2009, calcula que, dependendo da infra-estrutura e qualidade da educação ambiental de uma determinada região que utilize o sistema, até 95% do lixo pode ser reciclado. Uma tecnologia que a EcoBrindes só poderia elogiar e recomendar.

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Árvore cibernética

Grandes cidades, desafios ainda maiores. Como fazer para absorver o CO2 em locais onde o plantio de árvores é inviável ou seria insuficiente? Esse continua sendo o motivo de várias pesquisas. Uma das mais criativas soluções em potencial foi apresentada na SHIFTboston, competição de design em arquitetura, ciência e tecnologia que envolve criadores de diversos países.

O nome é Treepod. Desenvolvido por dois participantes de Paris, França, Mario Caceres e Christian Canonico, o projeto consiste numa árvore sintética que filtra o ar e oferece outras atrações com um formato que desperta a curiosidade. Embora pensadas para Boston, nos Estados Unidos, as Treepods poderiam servir em qualquer cidade.

Sem precisar de solo ou água, elas mantêm a mesma função de uma árvore real em termos de descarbonização do ar. O dióxido de carbono é removido num processo chamado de “balanço de humidade” e emite oxigênio, de forma a limpar o ar de seu entorno.

Além da visível intervenção urbana pela causa sustentável que propõem, outra utilidade que as Treepods podem proporcionar é a produção de energia elétrica por meio de painéis solares e também gangorras interativas com que visitantes dessa instalação podem brincar e, a partir disso, gerar energia cinética. Com essa interação, o visitante ainda pode ver num display como funciona a descarbonização da Treepod.

A energia gerada por esses recursos alimenta a filtragem de ar realizada pela árvore sintética e seu sitema de iluminação, que, à noite, clareia a área onde ela fica em diferentes cores. Todo o plástico usado nas Treepods é reciclado ou reciclável, vindo de garrafas. O princípio funcional do projeto está não apenas nas árvores, como também nos pulmões humanos.

As Treepods são consideradas mobiliário urbano. Um tipo de solução como a delas pode gerar produtos interessantes, o que merece o respeito e a admiração da EcoBrindes.

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