Crise do Clima: com poluição recorde, acordo global em 2015 será decisivo para limitar o aquecimento da Terra

CarbonoSocial®

 

Nunca poluímos tanto quanto agora. Segundo dados divulgados em setembro de 2014, a quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera bateu recorde em 2013. A causa seria o aumento no nível de dióxido de carbono (CO2) e gases emitidos por atividades humanas como a queimada e desmatamento de florestas, o uso de combustíveis fósseis (carros movidos à gasolina ou diesel), a produção de energia térmica, a produção de lixo e resíduos industriais.

Esses dados pioram as previsões sobre o aumento na temperatura da Terra. O Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) da ONU divulgou um relatório mostrando que o nível dos oceanos está subindo mais rapidamente, que a temperatura pode aumentar em até 5°C nos próximos 100 anos e que o homem tem 95% de responsabilidade sobre as mudanças climáticas.

As consequências podem ser desastrosas, como o derretimento de geleiras, aumento na elevação dos mares, escassez de água, morte de corais, extinção de espécies e fenômenos climáticos abruptos. E o que vamos fazer sobre isso? Em quanto tempo?

Essas devem ser questões chaves para a COP-21, a conferência global sobre o clima que acontece em Paris (França), em dezembro de 2015. Na ocasião, será apresentado um novo acordo de redução de emissões de carbono que substituirá o Protocolo de Kyoto e vai apontar novas diretrizes de combate ao aquecimento global a partir de 2020 (quando o prazo do protocolo termina).

E por que estamos discutindo isso agora? O futuro acordo climático internacional é visto como decisivo para mudar as perspectivas do clima no planeta e deve adicionar mecanismos para fazer com que os governos levem a sério suas decisões e seus cronogramas, o que não foi visto no Protocolo de Kyoto. Além disso, um movimento inédito de EUA e China sobre o tema aponta uma possível nova postura dos países mais poluidores sobre a necessidade de contermos a emissão dos gases.

Formalizado em 1997, o Protocolo de Kyoto entrou oficialmente em vigor em 2005 e foi um marco na diplomacia dos países por ter sido o primeiro conjunto de metas de redução de gases responsáveis pelo efeito estufa adotado mundialmente, com a ratificação de mais de 170 países. No entanto, o mundo não cumpriu as metas de redução e está ainda mais quente.

O objetivo era obrigar países desenvolvidos a reduzir a emissão de gases poluentes que agravam o efeito estufa e tentar diminuir a temperatura global entre 1,5 e 5,8°C. As nações industrializadas se comprometeriam em diminuir em 5% as emissões de gases, em relação aos níveis de 1990, no período entre 2008 e 2012, depois ampliado para 2020.

As metas variam de um signatário para outro. Os países da União Europeia têm que cortar as emissões em 8%, enquanto o Japão se comprometeu com 5%. Países em desenvolvimento não tiveram metas específicas. Mas, como signatários, precisam manter a ONU informada sobre seu nível de emissões. O Brasil é um desses. O compromisso brasileiro, acertado em 2009, é de cortar entre 36% a 39% das emissões de gases-estufa em 2020, em relação aos níveis de 1990.

Antecipando as conversas sobre o acordo de Paris, em dezembro de 2014 ocorreu em Lima, no Peru, a COP-20. Essa reunião preparatória foi fundamental para que na conferência de 2015 os países tenham pronto o texto de um novo regime internacional que sucederá o Protocolo de Kyoto, além de aprovar o rascunho de um acordo de redução de emissões de gases de efeito estufa. Nos próximos meses, os países desenharão os compromissos para reduzir emissões globais entre 40% a 70%, e que devem ser assinados na COP-21.

Uma das questões chaves definidas em Lima é que todos os países (e não apenas os ricos) devem colaborar para reduzir a poluição. Outro objetivo que deve ser tratado é a criação de fundos de financiamento para planos nacionais de adaptação aos impactos dos efeitos climáticos, como medidas criadas para lidar com o efeito de enchentes ou secas.

Ainda há tempo para desarmar a bomba-relógio?

Segundo pesquisas, o limite “seguro” para o aumento da temperatura da Terra seria de até 2°C. Para não superar essa temperatura, poderíamos emitir no máximo 3.670 GtCO2 (gigatoneladas de dióxido de carbono) até o ano 2100, de acordo com cálculos realizados pelos cientistas do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), em 2013.

Até 2011, no entanto, esse número já era de 2.670 GtCO2 lançados na atmosfera. Ou seja, em 89 anos (de 2011 a 2100), o mundo poderia emitir, ainda, apenas 1.000 GtCO2 para evitar mais complicações climáticas.

No ritmo anual, caminhamos facilmente para um aquecimento de 4°C, o que seria o pior cenário projetado pelo IPCC. Um maior aquecimento provocaria grandes desastres ambientais e impactos negativos nas formas de vida no planeta.

Entre as soluções emergenciais apontadas para evitar este cenário estariam a mudança para uma matriz energética mais limpa (como o uso de usinas eólicas e painéis solares), a adoção de instrumentos como o imposto sobre o carbono (precificação de forma penalizadora às emissões), a definição de metas de emissões per capita e o aumento do mercado de carbono, um mecanismo de compra e venda de CO2 (quem faz atividades que emitem dióxido de carbono pode compensar ou neutralizar a emissão ao comprar de quem os absorve em ações como o plantio de florestas).

EUA e China: acordo inédito entre os maiores poluidores

EUA e China não ratificaram o Protocolo de Kyoto. Responsáveis por 45% da emissão de gases poluentes, os dois países selaram, em novembro de 2014, um acordo inédito sobre o tema. O acordo inclui mudanças em cinco áreas: redução das emissões dos veículos, redes elétricas mais avançadas, captura e armazenamento de emissões de carbono, coleta de dados sobre os gases causadores do efeito estufa e melhoria da eficiência energética de construções.

A China, por exemplo, prometeu aumentar de 12% para 20% a participação da energia limpa em sua matriz energética, enquanto os norte-americanos se comprometeram a dobrar o ritmo de redução de emissões, mas apenas a partir de 2020.

Para especialistas, o acordo tem dois lados: um positivo, por mostrar que os países se anteciparam ao tema e que os EUA, que se retirou do Protocolo de Kyoto quando o então presidente George W. Bush julgou que aderir ao acordo seria ruim para a economia do país, estão revendo sua posição; e outro negativo, por trazer metas de longo prazo.

O que essa parceria aponta para a COP-21 é que somente haverá avanço se os novos acordos oferecerem planos de redução mais ambiciosos e os países realmente os colocarem em prática. Vale lembrar que qualquer definição acarreta um impacto na economia. As nações precisam decidir como suas economias podem crescer sem causar um maior impacto.

Hoje, para incentivar a participação dos governos em acordos deste tipo, os negociadores optaram por uma abordagem mais livre, em que os governantes passaram a formular as suas próprias metas, apresentando-as como promessa. Será essa forma a mais assertiva para o momento para comprometer os países com as metas?

O tempo é outro ponto importante: hoje, os efeitos do aquecimento global são sentidos em menor tempo, ou seja, quanto maior a demora em colocar as metas em prática, maiores são os riscos para o meio ambiente e a humanidade.

Fonte: UOL Educação | Andréia Martins

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Líderes empresariais internacionais participarão de encontro pelo clima em Paris

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A exatos 200 dias do início da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, COP21, que será realizada na capital da França, lideranças do setor empresarial e público vão se reunir na cidade para a realização do Business & Climate Summit 2015 – Paris*.

Os participantes do encontro, que acontecerá nos dias 20 e 21/05, na sede da Unesco, discutirão estratégias e ações para acelerar o desenvolvimento e a implementação imediata de uma economia de baixo carbono.

No primeiro dia do evento, o tema dos debates será “Visão de uma sociedade de baixo carbono e Soluções de Negócios rumo a uma Economia de Baixo Carbono”. Entre os tópicos a serem abordados estão energia, mobilidade urbana, eficiência energética, segurança alimentar e florestas.

Já o segundo dia de encontro terá como foco “Da Visão à Ação – Acelerando a Implementação das Soluções”. Nas reuniões plenárias, entrarão em pauta inovações tecnológicas, produção e consumo e construção da capacitação e resiliência.

Entre os nomes já confirmados que participarão do evento estão:

  • Paul Polman, presidente da Unilever
  • Felipe Calderon, ex-vice presidente do México
  • Laurent Fabius, ministro de Relações Exteriores da França
  • Christiana Figueres, secretária-executiva do INPCC
  • Marcello Castelli, presidente da Fibria
  • Brice Lalonde, conselheiro especial do Pacto Global
  • Jean-Pascal Tricoire, presidente da Schneider Electric

O Business & Climate Summit 2015 é promovido pelo Pacto Global da França e tem oPlaneta Sustentável como um de seus parceiros. A iniciativa francesa faz parte de um movimento internacional do setor empresarial, criado no ano 2000, pelas Nações Unidas. O Global Compact tem como objetivo mobilizar organizações e empresas a adotar práticas de negócios sustentadas em valores fundamentais nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.

No Brasil, mais de 600 companhias são signatárias da iniciativa, através da Rede Brasileira do Pacto Global.

Em setembro do ano passado, durante a Conferência da ONU para o Clima, em Nova York, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon conclamou líderes empresariais à mobilização e ação para que um novo e significativo acordo climático global seja fechado em dezembro de 2015, em Paris. Somente com o compromisso de todos os países em reduzir suas emissões de carbono será possível manter a elevação da temperatura do planeta em até 2ºC.

O encontro do Pacto Global da França é uma resposta ao pedido de Ban Ki-moon. Depois dos dois dias de debates, será elaborada uma série de recomendações, a serem apresentadas a tomadores de decisão e negociadores da COP21.

*Business & Climate Summit 2015 – Paris

Fonte:Planeta Sustentável | Suzana Camargo – 09/04/2015

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Efeito Estufa: emissão excessiva de gases aumenta temperatura da Terra

Você já viu uma estufa? É uma casinha de vidro, cheia de plantas dentro. Ela é muito utilizada em países onde o inverno é frio, para o cultivo de frutas, raízes, verduras e flores. Por ser de vidro, a casa permite a entrada dos raios solares, mas não deixa o calor sair. Assim, o seu interior fica quentinho, mesmo quando o clima esfria bastante.

A mesma coisa acontece quando se deixa o carro estacionado sob o Sol. Quando o motorista volta e abre a porta do veículo, sai o maior bafo quente – isso acontece porque o vidro aprisiona o calor dentro do carro.

No fenômeno chamado de “efeito estufa”, os gases presentes na atmosfera, como o dióxido de carbono, o vapor de água, e o metano fazem o papel do vidro. Eles permitem que a radiação do Sol penetre na Terra, mas evitam que parte do calor saia.

Uma porção da radiação solar é absorvida pela natureza, e outra é liberada. Graças ao efeito estufa da atmosfera terrestre, uma boa parte dessa energia solar fica retida na Terra. Não fosse tal fenômeno, a temperatura média de nosso planeta seria de -19°C. Se quiser ter uma noção desse frio, abra o seu freezer e, se ele estiver corretamente regulado na temperatura ideal (de -18°C), você saberá como seria o clima terrestre sem o efeito estufa.

Então, esse fenômeno é uma coisa boa e mantém a vida em nosso planeta, desde que haja um equilíbrio entre a quantidade de calor que entra e a que sai.

Distribuição dos gases tóxicos ao meio ambiente

Distribuição dos gases tóxicos ao meio ambiente

Desequilíbrio no efeito estufa

O problema do efeito estufa começa quando a atmosfera retém mais calor e, como consequência, aumenta a temperatura da Terra além do normal – é o famoso aquecimento global. Isso acontece por causa da emissão de gases em excesso, através de indústrias e carros, por exemplo.

Os gases responsáveis pelo efeito estufa são liberados naturalmente através devulcões e incêndios florestais de causas naturais. As atividades humanas caracterizam-se pela emissão de gás carbônico (dióxido de carbono) em grandes quantidades – o gás carbônico é responsável por 57% do efeito estufa.

O metano, por sua vez, produz 12% do aquecimento global, mas também é 25 vezes mais ativo que o dióxido de carbono. Isso significa que uma molécula de metano segura o calor 25 vezes mais do que uma molécula de gás carbônico. A natureza produz um terço dessa substância, enquanto a atividade humana produz dois terços.

Clorofluorcarboneto, ou CFC

Mas o pior de todos os elementos que o ser humano joga na atmosfera, por meio de suas ações irresponsáveis, é o CFC (clorofluorcarboneto). Esse gás é utilizado em “sprays” aerossóis, refrigeradores e produção de matérias plásticas. Em alguns produtos foi abolido o uso do CFC, mas, apesar dos avisos dos cientistas, muitos fabricantes insistem em utilizá-lo. Existe um aumento de 5% ao ano dessa substância na atmosfera.

As moléculas de clorofluorcarbonetos são 1.500 vezes mais ativas que o gás carbônico e duram 170 anos na atmosfera. Isso quer dizer que o planeta sentirá sua ação por muito tempo – e nós também, é claro.

Então, com mais dióxido de carbono e metano na atmosfera, há maior retenção de calor -como se o vidro do carro, por exemplo, ficasse mais grosso e, consequentemente, maior quantidade de calor ficasse presa no interior do veículo.

Assim, gradualmente a Terra vai esquentando além do normal e as consequências são desastrosas. Muitos estudos mostram que as calotas polares (o gelo dos pólos norte e sul) estão a derreter e, por isso, o nível dos oceanos sobe ano a ano.

Você já construiu um castelo de areia na praia, perto do mar e a onda fez sua construção desmanchar? Pois é, se o nível dos oceanos continuar a subir, muitas cidades localizadas perto do mar, como o Rio de Janeiro, podem desaparecer, como castelinhos de areia.

Além disso, muitas espécies de plantas e animais podem se extinguir devido ao calor e às mudanças climáticas. Por isso, é importante que se diminua a emissão de gases poluentes na atmosfera.

 

Protocolo de Kyoto

No dia 16 de fevereiro de 2005, após um congresso realizado na cidade japonesa de Kyoto, entrou em vigor um tratado internacional assinado por diversos países desenvolvidos que assim se comprometeram a diminuir a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. Segundo o Protocolo de Kyoto, esses países devem acionar planos que contribuam para que a emissão dos gases estufa decresça.

Dentre esses planos, estão a reforma dos setores de energia e de transporte, uso dos recursos energéticos renováveis (energia solar e eólica, por exemplo), e a proteção às florestas e outros ecossistemas que absorvem os gases poluentes (as florestas absorvem uma parte do gás carbônico).

Os Estados Unidos, entretanto, se recusaram a assinar o Protocolo. O presidente George W. Bush disse que não assinaria o tratado porque as atitudes propostas iriam afetar a economia de seu país. Mesmo assim, alguns Estados norte-americanos, como a Califórnia, passaram a investir em pesquisas para diminuir a emissão de gases estufa de forma que o impacto na economia seja o menor possível.

 

Como ajudar a Terra

Existe uma frase que diz “pense globalmente, e aja localmente”. Você já deve ter pensado que suas atitudes não fazem diferença para a Terra, já que se trata de apenas um indivíduo entre os 6,5 bilhões de habitantes no planeta. Mas pasme: você faz uma diferença enorme, porque é parte desse número gigante de pessoas e pode se comunicar com vários outros. Se cada um agir conscientemente, logo serão milhões de pessoas a lutar contra o problema.

Assim, se por exemplo, você preferir andar de bicicleta no parque com seus amigos, ao invés de passear de carro, menos gás poluente será jogado na atmosfera. Se falar aos seus parentes e amigos sobre esse problema, serão mais pessoas cientes do efeito estufa que poderão evitar andar de carro para destinos próximos (como ir à padaria, por exemplo). E ainda, as pessoas que você convencer farão o mesmo com outras.

Assim, quanto mais gente agir de forma consciente, maiores serão as chances de diminuir o efeito estufa. A sociedade deve cobrar que sejam desenvolvidas e implantadas tecnologias mais limpas nas indústrias e que políticas específicas sejam elaboradas para dar conta desse enorme problema.

 

Fonte: Mariana Aprile, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é estudante de biologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e bolsista do CnPq. pagina3@pagina3ped.com
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Por que as empresas compram créditos de carbono?

No último mês de setembro/14, uma pesquisa com 72 empresas sobre o mercado de créditos de carbono/compensação de emissões foi lançada pela Aliança Internacional de Redução de Carbono e Compensação (ICROA) e a Universidade Imperial College London.

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A pesquisa avalia os principais benefícios relatados pelas empresas que possuem programas de compensação e também as motivações e barreiras associadas ao desenvolvimento de tais programas.

Entre as empresas envolvidas, 67% relataram benefícios comerciais positivos e concretos de terem um programa de compensação voluntário. As maiores motivações listadas pelas empresas estão detalhadas na imagem acima.

O benefício para a reputação/imagem da marca foi o mais citado. Segundo o estudo, empresas relataram que seus clientes reconhecem as ações rumo a uma economia de baixo carbono como um benefício real para os negócios. Em segundo lugar, o benefício mais relevante para as empresas envolvidas é o engajamento dos funcionários, pois algumas companhias observaram que os programas de compensação surpreenderam especialmente em relação a comunicação sobre sustentabilidade com colaboradores, o que ajudou a mudar comportamentos.

Já o terceiro benefício mais apontado é a diferenciação de mercado que as iniciativas de baixo carbono proporcionaram. Observa-se que empresas tiveram benefícios financeiros claros e mensuráveis, como no caso de uma empresa que relata ter estabelecido um contrato por apresentar um compromisso de compensação.

Também, a pesquisa aponta que os projetos que geram co benefícios são valorizados pelos compradores, estando as empresas dispostas a pagar 33% a mais por tonelada de CO2. Entre os cobenefícios mais citados, percebeu-se que os benefícios sociais são os mais valorizados, seguidos dos econômicos e por fim os ambientais.

A pesquisa analisou um portfólio que gera em torno de 32 milhões de toneladas de CO2 por ano, e concluiu que cada tonelada de CO2 reduzida gera cerca de US$ 664 dólares em cobenefícios: 3 dólares de benefícios econômicos, 52 dólares de economia de combustível, 56 dólares de qualificações e empregos, 609 dólares de benefícios ambientais.

O estudo demonstra que a compensação de carbono oferece às empresas a oportunidade de alinharem sua abordagem de redução de carbono com ações de responsabilidade social corporativa e outros objetivos estratégicos. Mas, para fazer isso, a compensação deve ser realizada pelo apoio a projetos que demonstrem cobenefícios, e que coloquem valor sobre eles.

Cada vez mais, as empresas estão considerando a gestão de carbono como parte de seus programas de sustentabilidade. Para que sua iniciativa tenha sucesso, a Sustainable Carbon fornece soluções inovadoras para que sua empresa tenha benefícios reais ao entrar em uma economia de baixo carbono.

Fonte original: ICROA, setembro de 2014.
Fonte coletada: website www.sustainablecarbon.com

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Você sabe o que é Carbono Social ?

Carbono Social™ é marca registrada nacional e internacionalmente e tem por objetivo garantir que os projetos desenvolvidos para a redução de emissões de gases causadores do efeito estufa contribuam significativamente para o desenvolvimento sustentável, incorporando métodos transparentes e participativos de acesso e mensuração dos benefícios revertidos para as partes envolvidas e para o meio ambiente.

A Metodologia do Carbono Social (MCS)

A expressão “Carbono Social” pode ser compreendida como todo o carbono absorvido/reduzido, considerando as ações que viabilizem e melhorem as condições de vida das comunidades envolvidas nos projetos de redução de emissão/mudanças climáticas, visando assegurar o bem-estar e a cidadania, sem degradar a base dos recursos.

Nesse sentido a Metodologia vem sendo usada para analisar a realidade e orientar iniciativas de desenvolvimento sustentável associados às mudanças climáticas.

No Tocantins, a MCS está sendo aplicada em dois projetos pioneiros no estado, um de seqüestro de carbono no entorno na Ilha do Bananal e outro no projeto de redução de carbono com empresas ceramistas. Em ambos, o Instituto Ecológica (IE) utilizou o conceito do Carbono Social, transformando projetos de carbono em processos de desenvolvimento regional sustentável. Nesse sentido nos últimos anos o IE tem trabalhado para utilizar a metodologia em prol das comunidades locais, respeitando seus anseios, necessidades e apoiá-las na busca de melhorias socioeconômicas, ambientais e sustentáveis.

Objetos da Metodologia do Carbono Social

O objetivo geral da Metodologia do Carbono Social é contribuir para o desenvolvimento sustentável, possibilitando o aumento dos recursos de sustentabilidade, que são os recursos Carbono, Biodiversidade, Natural, Financeiro, Humano e Social. Assim, com o aumento dos recursos de sustentabilidade, a comunidade ou empresa envolvida nos processos de redução de emissão de carbono torna esse processo sustentável, com ganhos de créditos de carbono em consonância com ganhos sociais, ambientais e financeiros.

Alguns Objetivos Específicos da MCS

  • Valorizar o potencial e os anseios das comunidades utilizando uma visão comunitária;
  • Identificar os impactos das mudanças globais no cenário local e estimular a análise dos atores locais;
  • Identificar os ecossistemas e os potenciais de biodiversidade, determinar áreas de possíveis tensões ecológicas, estimular e valorizar o uso do conhecimento tradicional.
  • Buscar a inclusão social e reconhecer questões de gênero, promovendo a melhoria da qualidade de vida dos menos favorecidos, por meio da redução das desigualdades sociais;

Mecanismos de Acompanhamento

A Metodologia do Carbono Social possui uma representação visual em forma de hexágono onde cada vértice corresponde a um recurso de sustentabilidade. O ponto central no hexágono representa o Marco Zero, é o acesso zero aos recursos, a partir dele há uma escala de acessos aos recursos onde a máxima denomina-se Marco 6, que representa o cenário ideal de sustentabilidade dos recursos disponíveis.

No hexágono, quanto mais próximo do vértice (Marco 06), melhor está o recurso de sustentabilidade na comunidade ou na empresa. A Metodologia privilegia a participação efetiva das comunidades em todos os processos, tornando-se assim passível de um controle social. Para o monitoramento são utilizadas oficinas participativas, entrevistas e visitas no local do projeto. A figura abaixo apresenta o hexágono para a comunidade do Assentamento Araguaia, no município de Caseara, no estado do Tocantins.

GRAFICO_CARBONO_SOCIAL

Representação da Metodologia do Carbono Social para a comunidade do Assentamento Araguaia

Devido a sua dinâmica flexível e holística, a Metodologia do Carbono Social pode ser aplicada a diferentes tipos de projetos sejam eles ligados à eficiência energética, energias renováveis ou na área florestal, através da utilização e monitoramento dos seis Recursos da Metodologia: carbono, financeiro, humano, social, biodiversidade e natural:

  1. RECURSO SOCIAL:
    abrange ações de responsabilidade social, além de relações e interação entre associações e organização não governamentais e relacionamento com a comunidade local.
  2. RECURSO HUMANO:
    voltado para análise da habilidade, conhecimento e capacitação para o trabalho, incluindo questões de saúde e segurança dos trabalhadores.
  3. RECURSO FINANCEIRO:
    é o capital básico que está disponível para as empresas, assim como as formas de investimentos e barreiras financeiras do projeto.
  4. RECURSO NATURAL:
    analisa a relação existente entre a empresa e o meio ambiente considerando impactos sobre os recursos naturais, ações que contribuem para conservação do meio ambiente e manutenção de serviços ambientais.
  5. RECURSO CARBONO:
    refere-se ao tipo de manejo de carbono desenvolvido, e características referentes ao projeto de seqüestro ou redução de emissões.
  6. RECURSO BIODIVERSIDADE:
    avalia se o projeto está em áreas de importância para conservação e/ou biodiversidade, a presença de animais em extinção na região e ecossistemas de importância econômica com forte atividade antrópica.

Para conceitualização da metodologia do CARBONO SOCIAL™ foi criada uma representação visual em forma de hexágono. O centro do hexágono (valor 0) representa acesso zero aos bens, enquanto a borda externa (valor 6), o acesso máximo a recursos. Cada um dos indicadores pode apresentar valores em uma escala que vai de 0 a 6, com base nas variáveis e cenários definidos na metodologia.

A avaliação da evolução dos indicadores ao longo dos anos, é realizada através de diagnósticos anuais das atividades de projeto. Conforme vão ocorrendo mudanças nas atividades das empresas e comunidades no entorno do projeto, as linhas se deslocam, modificando o polígono formado ao longo do tempo.

Fonte: Instituto Ecológica - http://www.ecologica.org.br/

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