Longe dos olhos, perto da solução

Que tal seria se o lixo que jogamos em cestos públicos simplesmente sumisse de vista de modo a nunca mais um caminhão de lixo precisar congestionar ou interromper o trânsito de nossas ruas com barulho, mau cheiro e emissão de poluentes? O que soa como uma fantasia despretensiosa é uma realidade em países desenvolvidos, graças à engenhosidade oferecida pelo sistema pneumático da sueca Envac. São mais de 600 instalações pelo mundo.

Embora exija grandes investimentos de infra-estrutura, a ideia é até bem simples e ambientalmente adequada. Tubulações de aço carbono subterrâneas sugam o lixo jogado nos cestos até subestações de coleta onde os variados tipos de material são separados. Esses locais idealmente são construídos em regiões distantes do centro da cidades ou onde o trânsito é mais ameno. A partir dali apenas, caminhões entram em cena para carregar cada tipo de material para cooperativas de reciclagem.

Existem algumas versões do sistema pneumático por sucção da Envac. O tempo da coleta pode ser de 15 a 20 minutos em circuitos curtos, 30 a 60 minutos em trajetos médios e até várias horas para os sistemas mais longos. Na versão SVS 500, por exemplo, o trajeto pode ter até 2 km de extensão e são encaminhadas até 20 toneladas de lixo por dia.

Os prédios erguidos no entorno de onde existe o sistema podem adotar tubulações ligadas a ele, de modo a coletar o lixo de todos os andares. A tubulação sob vias públicas fica entre um e 2,5 metros abaixo do nível da rua. Em 90% dos eventuais casos de entupimento, o aumento da pressão de sucção resolve o problema.

A ideia nasceu no final dos anos 50 a partir da observação de um sistema central de aspiração de pó de um hospital. Em 1961 ficou pronto o primeiro sistema de coleta de detritos por aspiração no Hospital Sollefteå, que até hoje funciona com várias de suas peças originais. Quatro anos depois a coleta de uma área residencial sueca recebia a mesma tecnologia.

A partir daí a expansão foi progressiva e hoje o sistema está presente em capitais europeias como Estocolmo, Londres e Barcelona. Nesta última cidade, por exemplo, o sistema foi implantado na vila olímpica construída para as Olimpíadas de 1992 e acabou virando referência. A Envac, que já tem representação no Brasil desde 2009, calcula que, dependendo da infra-estrutura e qualidade da educação ambiental de uma determinada região que utilize o sistema, até 95% do lixo pode ser reciclado. Uma tecnologia que a EcoBrindes só poderia elogiar e recomendar.

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Árvore cibernética

Grandes cidades, desafios ainda maiores. Como fazer para absorver o CO2 em locais onde o plantio de árvores é inviável ou seria insuficiente? Esse continua sendo o motivo de várias pesquisas. Uma das mais criativas soluções em potencial foi apresentada na SHIFTboston, competição de design em arquitetura, ciência e tecnologia que envolve criadores de diversos países.

O nome é Treepod. Desenvolvido por dois participantes de Paris, França, Mario Caceres e Christian Canonico, o projeto consiste numa árvore sintética que filtra o ar e oferece outras atrações com um formato que desperta a curiosidade. Embora pensadas para Boston, nos Estados Unidos, as Treepods poderiam servir em qualquer cidade.

Sem precisar de solo ou água, elas mantêm a mesma função de uma árvore real em termos de descarbonização do ar. O dióxido de carbono é removido num processo chamado de “balanço de humidade” e emite oxigênio, de forma a limpar o ar de seu entorno.

Além da visível intervenção urbana pela causa sustentável que propõem, outra utilidade que as Treepods podem proporcionar é a produção de energia elétrica por meio de painéis solares e também gangorras interativas com que visitantes dessa instalação podem brincar e, a partir disso, gerar energia cinética. Com essa interação, o visitante ainda pode ver num display como funciona a descarbonização da Treepod.

A energia gerada por esses recursos alimenta a filtragem de ar realizada pela árvore sintética e seu sitema de iluminação, que, à noite, clareia a área onde ela fica em diferentes cores. Todo o plástico usado nas Treepods é reciclado ou reciclável, vindo de garrafas. O princípio funcional do projeto está não apenas nas árvores, como também nos pulmões humanos.

As Treepods são consideradas mobiliário urbano. Um tipo de solução como a delas pode gerar produtos interessantes, o que merece o respeito e a admiração da EcoBrindes.

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Bioplastic Planter 1

Criatividade arraigada

Gradualmente, o bioplástico, tipo de plástico feito de material biodegradável, começa a surgir em aplicações que confirmam um futuro promissor para esse material. O Studio Bas van der Veer, por exemplo, criou uma inusitada maneira de ajudar mudas de plantas ou árvores a crescerem em melhores condições, o Bioplastic Planter.

Com sede em Eindhoven, na Holanda, a empresa capitaneada pelo jovem designer que dá nome ao estúdio desenvolveu um suporte que comporta desde a raiz até parte do caule. Inteiramente produzido em bioplástico, o suporte evita que a muda tombe após o plantio.

Porém, o melhor do processo ainda está por vir. Vagarosamente, a estrutura começa a se biodegradar no solo. Mais que retornar à natureza, o próprio Bioplastic Planter serve de alimento para a planta que ajudou a sustentar no início do seu crescimento.

O formato do suporte foi pensado para facilitar tanto o transporte quanto o plantio. Alças e elementos vazados facilitam o manejo das mudas. A proteção alongada do caule evita, além de inclinações e quedas, o ataque de animais de estimação. Vários furos na base mais larga permitem a expansão das raízes.

A principal motivação do material adotado foi a substituição de um derivado de petróleo por um elemento que pudesse ser assimilado pelo solo e as plantas. A EcoBrindes considera esse tipo de projeto ainda mais louvável por não apenas cumprir as metas previstas para ele como superar as expectativas de praticidade e sustentabilidade.

Fonte das imagens: Studio Bas van der Veer, 2011.

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Luxo do Pet 6

PET preciosa

A designer de joias Junia Machado encontrou uma maneira inusitada de renovar seu trabalho e praticar o melhor tipo de cidadania ao instrumentalizar catadores de material reciclável. Com o projeto Luxo do Pet, em parceria com o Programa Reciclou Ganhou do Instituto Coca-Cola Brasil, ela desenvolveu uma linha de joias para a personagem da atriz Isis Valverde na novela Ti-Ti-Ti, da Rede Globo.

As peças são feitas de dois materiais bem distintos. A designer mescla ouro 750 e, em vez de pedras ou metais preciosas, o plástico retirado de garrafas PET coletadas para reciclagem. Para esta coleção, a designer elaborou flores e borboletas, inspirada nas comunidades catadoras de materiais recicláveis, que a Coca-Cola apoia desde 1996.

As técnicas empregadas são as mesmas de artesanato popular, que inspira a artista constantemente. Foi a atriz que escolheu essa série de jóias entre as apresentadas por Junia. Mais que dar um novo rumo a um material que antes viraria lixo, a produção da joias capacita membros da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro.

Junia comanda oficinas de artes em PET a um grupo de cooperados da associação. Utilizando o plástico PET, são eles que confeccionam as flores e borboletas usadas nas jóias, somadas a outras partes produzidas em ouro. As partes de PET são colorizadas, valorizando ainda mais a beleza das pétalas e asas criadas para a coleção.

Para quem quiser adquirir as belas flores e borboletas nascidas no Jardim Gramacho, a designer comercializa suas peças em cinco pontos de sua marca espalhados por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, além de 40 joalherias em todo o Brasil.
Outras informações podem ser encontradas em Junia Machado Blog – Luxo do Pet – Coca-Cola.

Hoje o Brasil é um dos países mais avançados no reaproveitamento de embalagens de bebidas, tendo 91,5% das latas de alumínio e 54,8% das garrafas PET recicladas. A Ecobrindes acredita em e incentiva iniciativas como esta, em que, como na sua própria linha de produtos, a beleza, a criatividade e a inclusão social ajudam não só a conscientizar como encantar o consumidor.

Confira abaixo mais exemplos da coleção Luxo do Pet:


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