O conceito de sustentabilidade chegou às cidades. Vasculhando um atlas e atento ao noticiário dos meios de comunicação, vamos encontrar muitos exemplos de cidades que já aderiram a esta prática saudável, que proporciona excelentes condições de vida para as respectivas populações. Na Islândia, apesar dos problemas econômicos que o país vem enfrentando, a capital Reykjavik é abastecida – na sua totalidade – com energia limpa, proveniente de rede eólica, enquanto que a maior parte da frota de veículos é movida a hidrogênio. As ciclovias de Malmoe, na Suécia (foto abaixo), de 400 km. permitem o deslocamento de 40% da população.
Há várias outras: Vancouver, no Canadá; Copenhagen, na Dinamarca; São Francisco, nos Estados Unidos, Barcelona, na Espanha. As fontes da sustentabilidade vão do grande número de parques públicos, extração de energia de fontes renováveis, sistema público de empréstimo de bicicletas, banimento do uso de sacolas plásticas, eficiência do transporte público, utilização de alta tecnologia para coleta do lixo urbano.
No Brasil, as coisas estão andando (muito) mais devagar. Nossa busca não encontrou outros exemplos além de Curitiba, onde os esforços de sustentabilidade estão concentrados no sistema municipal de transporte. Para a maioria das cidades brasileiras, falta pensar (e trabalhar) no saneamento, educação, segurança pública, mobilidade urbana, entre outras coisas.
Nossos políticos, sobretudo os vereadores, precisam conscientizar-se da importância de trazer para as cidades brasileiras o conceito da sustentabilidade, do qual muito se fala e pouco se pratica. A população, da mesma forma, tem sua parcela de responsabilidade nessa matéria, seja exigindo dos políticos e dos administradores públicos as ações ambientais necessárias, seja, ainda, exercendo a cidadania. Educada e conscientemente.