“Transporte Verde”, tendência saudável na mobilidade urbana

A revista Seleções (Reader’s Digest), de setembro último, trouxe um interessante artigo de Mariusa Colombo (Meu Planeta) sobre a questão da mobilidade urbana, abordando, particularmente, a questão do tráfego excessivo de veículos “mono-ocupados”. Reconhece a autora a quase onipresença nas nossas vidas dos automóveis, presentes ali de forma definitiva.

Nos últimos anos foram desenvolvidos modelos de deslocamentos sustentáveis, inspirados no principio do uso eficiente no território e dos recursos naturais: transportes públicos menos poluentes (a metano), serviço de utilização coletiva de veículos alugados temporariamente e de uso coletivo de automóveis por pessoas que fazem o mesmo trajeto, limitação na movimentação e na velocidade de veículos, construção de mobilidade alternativa (ciclável e para pedestres) e acima de tudo, promoção de campanhas de educação e sensibilização viária.

Segundo Mariusa Colombo, já existem países normatizando o tráfego lento (TL), ou seja, preferenciando a movimentação de pedestres em boa parte do seu território.

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O mundo vai se encontrar no Brasil em menos de um ano. Precisamos estar preparados!

O campeonato mundial de futebol está aí, bem próximo. Serão 12 cidades do Brasil a sediar os jogos. A abertura será em São Paulo, no Itaquerão, estádio do Corinthians, e final será jogada no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Nossa preocupação, isto é, a preocupação da EcoBrindes® — como empresa socialmente responsável e como cidadãos conscientes que somos —  é com os turistas que vem nos visitar e ver os jogos.

A FIFA, patrocinadora do campeonato, está eufórica. E não é para menos: os negócios publicitários (contratos) de patrocínios já estão firmados há muito tempo e alguns milhões de ingressos para os jogos já foram reservados. A viabilidade econômica do empreendimento está mais do que assegurada.

Nossa preocupação é de outra natureza. Quando recebemos visitas em nossas casas, fazemos questão de que tudo esteja em ordem, principalmente em relação à limpeza e às boas maneiras no trato com o visitante. Quando a nossa casa é o nosso país, a coisa muda de figura. E de dimensões.

Precisamos pensar na limpeza pública (das ruas, das praças, dos pontos de ônibus, das imediações dos monumentos públicos etc.), no saneamento (água e esgoto) na mobilização urbana, na hotelaria e nos seus preços, no transporte (aéreo e rodoviário). E com a própria paisagem urbana também, setor em que algumas reformas são mais do que desejáveis. São necessárias e urgentes.. Mas, acima de tudo, precisamos nos preocupar com nosso padrão de educação. Em todos os sentidos.

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As cidades sustentáveis já existem

O conceito de sustentabilidade chegou às cidades. Vasculhando um atlas e atento ao noticiário dos meios de comunicação, vamos encontrar muitos exemplos de cidades que já aderiram a esta prática saudável, que proporciona excelentes condições de vida para as respectivas populações. Na Islândia, apesar dos problemas econômicos que o país vem enfrentando, a capital Reykjavik é abastecida – na sua totalidade – com energia limpa, proveniente de rede eólica, enquanto que a maior parte da frota de veículos é movida a hidrogênio. As ciclovias de Malmoe, na Suécia (foto abaixo), de 400 km. permitem o deslocamento de 40% da população.

Ciclovia-Malmoe-Suecia

Há várias outras: Vancouver, no Canadá; Copenhagen, na Dinamarca; São Francisco, nos Estados Unidos, Barcelona, na Espanha. As fontes da sustentabilidade vão do grande número de parques públicos, extração de energia de fontes renováveis, sistema público de empréstimo de bicicletas, banimento do uso de sacolas plásticas, eficiência do transporte público, utilização de alta tecnologia para coleta do lixo urbano.

No Brasil, as coisas estão andando (muito) mais devagar. Nossa busca não encontrou outros exemplos além de Curitiba, onde os esforços de sustentabilidade estão concentrados no sistema municipal de transporte. Para a maioria das cidades brasileiras, falta pensar (e trabalhar) no saneamento, educação, segurança pública, mobilidade urbana, entre outras coisas.

Nossos políticos, sobretudo os vereadores, precisam conscientizar-se da importância de trazer para as cidades brasileiras o conceito da sustentabilidade, do qual muito se fala e pouco se pratica. A população, da mesma forma, tem sua parcela de responsabilidade nessa matéria, seja exigindo dos políticos e dos administradores públicos as ações ambientais necessárias, seja, ainda, exercendo a cidadania. Educada e conscientemente.

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